O Crack se espalha pelo país e se torna presente em 90% das cidades brasileiras. A droga é uma mistura de pasta de cocaína e bicarbonato de sódio. É cinco vezes mais potente do que o efeito da cocaína, mais barata e acessível que outras drogas, perdendo apenas para o Oxi. Seus efeitos psicológicos e físicos são inúmeros, a situação é preocupante, cerca de 600.000 mil pessoas somente em nosso país são dependentes.
A droga não vem sendo utilizado somente por pessoas da classe baixa, está presente em todos os níveis sociais. A substância faz com que a dopamina, presente em nosso cérebro responsável pelo sentimento de prazer e euforia, se eleve e dure mais tempo no organismo. Quando esses níveis se tornam altos demais, a pessoa tem uma sensação de paranóia e quando eles cessam geram um enorme desconforto e depressão levando o usuário a consumir mais.
O pior é que o organismo se acostuma com a quantidade ingerida e exige que o consumo seja casa vez maior. Com o consumo compulsivo, o indivíduo tem sérias tendências a violência ou o crime. Começam então os pequenos furtos dentro de casa, dinheiro e aparelhos domésticos. Quando não é mais possível, o sujeito passa a violência nas ruas, com roubos, assaltos e ate mesmo a prostituição, somente para consumir e obter mais prazer com a droga.
Resta aos jovens de hoje o esclarecimento sobre essa situação para não cair de cabeça nesse mundo. Trinta por cento dos usuários morrem pelo seu uso, ou por sua conseqüência, nos primeiros cinco anos. O autocontrole, os neurônios e a memória vão sendo destruídos com o consumo repentino. O sistema imunológico fica cada vez mais prejudicado, o que aumenta o risco de contrair, no caso de contágio AIDS ou outra DST.
Superar o vício é muito difícil, requer muita vontade pessoal, ajuda médica, assistência social e familiar, muitos dos dependentes chegam ao centro de recuperação por amigos ou familiares. Com alguns meses é possível que haja recuperação. O que falta ainda é mais pontos de atendimentos, que estejam prontos para acolher adequadamente cada tipo de situação.
Vinícius Fontes, José da Penha – RN, Acadêmico de Direito pela UFCG.
( Colunista do conexaojj.blogspot.com )
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