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quarta-feira, 14 de março de 2012

A NOVA CULTURA BRASILEIRA


   Ou perdemos totalmente a noção de ridículo, ou estamos ficando loucos, pois a que ponto chegamos, um programa que é composto por mulheres que nasceram em clãs endinheirados, outras trabalharam para conseguir fortuna ou simplesmente se casaram com homens ricos tomou conta da TV brasileira e chegou a grandes audiências, isto em um país onde vivem milhares de miseráveis que não tem se quer o que comer.
   Já se foi o tempo em que a cultura mostrada na televisão brasileira era verdadeira e servia pra alguma coisa, chegamos a um ponto em que um programa que mostra a extravagancia e a loucura de mulheres que tem muito dinheiro e não sabem o que fazer com ele.. Se estivéssemos falando de um programa de humor, talvez o enredo fizesse algum sentido, mais não, o programa não entrou no ar pra competir com o Humor extravagante do Panico na TV, ou o Humor Inteligente do CQC, agora eu pergunto a vocês, QUAL O OBJETIVO DE UM PROGRAMA COMO ESSE? ridicularizar as pessoas que tem dinheiro, ou humilhar as que não tem? é um caso a se pensar.
    Nós somos um pouco culpados por essa ridicularização de alguns programas na nossa televisão, programas como esse só existem porque ainda sim existem pessoas que se divertem com  uma bobagem colossal como essa, ,acham divertido essa fogueira das vaidades e uma aula de como não se comportar em sociedade, ainda mais para pessoas, que não sabem o que fazer com a fortunam que tem. Não é possível que ninguém enxergue, qual a autoridade que uma emissora vai ter de falar em miséria, se tem em sua grade de programas um programa que preza totalmente o contrário?
    É de se pensar onde nós chegamos, onde a nossa cultura chegou, e temos que tomar cuidado, pois a tendencia é piorar, se o povo brasileiro gosta é de ver o circo pegar fogo, de ver casos de suposto estupro em plena TV, em ver mulheres rasgando dinheiro no desnecessário quando milhares de crianças vivem sem condição nenhuma de vida, vivemos em um país onde Politica não existe, e a cultura está cada vez mais precária, é triste.

Junidárlio Jácome, acadêmico de Direito na FACEP

   

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